Seja bem-vindo(a) ao espaço que pretende ser, simultaneamente, depósito de memória e elemento catalisador de união entre os Sampedrenses.
Ao contrário do que o nome possa fazer transparecer, não se trata de uma associação que exija vinculo por quotas, mas sim, de um grupo de sampedrenses que pretendem, com a sua união, ver nascer uma tradição que querem fomentada e implementada por todos.

Viva SÃO PEDRO DE RIO SECO


12 de outubro de 2010

Passado Simples – Presente Perfeito (7)

Estimados Sampedrenses, amigos leitores e visitantes

No post  Passado Simples – Presente Perfeito (6), de ontem, aquando da explicação do termo “malha”, referi que a mesma poderia ser efectuada por quatro métodos: a pé de gado, a trilho, com malho, mecânica. O termo malho suscitou, a alguns Sampedrenses, genuínas dúvidas que agora tentarei colmatar.

Mangual O termo “malho” é um dos conhecidos para referir o mangual, para além de “mangoêra”, “moueira” ou “tribulo”.

Como simples curiosidade: A palavra tribulação origina-se de tribulo, que era exactamente o mangual que se usava para malhar o trigo. Portanto, ao contrário do sentido actual (aflição, amargura, sofrimento), nos tempos antigos denotava um trabalho penoso ou difícil de ser realizado.

Mangual1 Um mangual é um instrumento através do qual se malha(va) os cereais para debulhá-los. Consiste em um pedaço de madeira comprido e fino, chamado de mango, que serve de cabo. Esse cabo é ligado por uma correia de couro, chamada por sua vez de inçadouro, a um outro, curto e grosso: o pírtigo, perítico ou pirto.

Infelizmente não possuo suporte fotográfico que ilustre esse tipo de trabalho agrícola, feito com o mangual, apresentando-vos no entanto, aqui, a malha efectuada mecanicamente.

Malha mecânica em São Pedro

Um forte abraço deste Sampedrense convicto

Citrus Sénior

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Tó Zé
Tenho-me deliciado com as fotos antigas de São pedro. De facto elas são uma verdadeira relíquia e que nos trazem á memória algumas das experiências vividas em São Pedro. Eu não tive oportunidade de ter muitas pois o meu tempo era passado na Guarda, mas recordo-me de algumas ceifas (nomeadamente do meu Tio Zé Rico), as malhas e de ver o Enchido cheio de as ceifas, os montes de cereal à espera das máquinas…
E tenho saudades de umas papas de milho que a minha tia Isabel fazia para dar de merenda aos homens que andavam na ceifa, nas trilhas, nas malhas, …
Belos tempos
Graça