Estimados Sampedrenses, amigos leitores e visitantes
Recebi, via e-mail, a colaboração enviada pelo nosso conterrâneo prof. António André, que engrandece, ainda mais, o espólio humano de São Pedro do Rio Seco. Passo então a publicar, fielmente, o documento enviado;
“ Notícias de 1883/1929
Numa das minhas passeatas pela internet, pesquisando sobre S. Pedro, deparei-me com um excerto de um livro que dizia o seguinte:
Subsídios para a história de S. Tomé e Príncipe - António Ambrósio - 1984 - 253
JOSÉ MARTINS DA ROCHA Nasceu a 23 de Setembro de 1883, em S. Pedro do Rio Seco, Diocese da Guarda, em Portugal. Ingressou no Instituto, como missionário auxiliar, a 17 de Abril de 1911. Foi mais tarde destinado às missões africanas, ...
Procurei indagar um pouco mais até que recebi do Exmº. Sr. Padre Abílio Ramos, da Secretaria Provincial dos Missionários Claretianos, a biografia do Irmão José Martins da Rocha, retirada do Livro de José Augusto Correia de Oliveira, Missionários Claretianos em Portugal (1898-2004), Lisboa 2005, pág. 414.
“Ir. JOSÉ MARTINS ROCHA (1883-1929)
Nasceu na freguesia de São Pedro do Rio Seco, concelho de Almeida e diocese da Guarda, a 23 de Setembro de 1883 e era filho de Martinho do Couto Martins e de Maria da Rocha.
Chegou a assentar praça na arma de artilharia, ingressando depois na Congregação como irmão auxiliar. Faz o noviciado em Segóvia (Espanha), sob a orientação do P. José Arumí, e professa, pela primeira vez, a 17 de Abril de 1911.
A 23 de Julho desse mesmo ano segue para as missões da Guiné Equatorial, com vinte e oito anos de idade.
Permanece em Basilé seis meses, como cozinheiro e responsável pela ordem doméstica. Colabora no projecto da fundação do Colégio de Otoche durante sete a oito meses.
Ajuda na construção da catedral de Santa Isabel (1912) e reside, depois, no Cabo de São João e Elobey (1913), Anobom, Corisco e Batete (1914-1920), Rio Benito (1921), novamente Cabo de São João (1924), Bata e Ponte Mbonda (1925), Tika (1927) e Nkomaka.
Durante este período trabalha como carpinteiro, pedreiro e trolha. Orienta a construção da igreja de Calatrava (1920) e da casa de Mbonda.
A 25 de Novembro de 1927 é destinado às missões de São Tomé e Príncipe. Aí colabora pastoralmente, como catequista. Dirige, com o P. José Narciso Martins Palão, as obras de calcetamento da rua principal de Guadalupe.
A finais de 1928 cai enfermo, chegando até a receber a unção dos doentes, mas recupera. A 23 de Março de 1929 é internado no hospital central, a contas com uma pleurisia.
Confortado com os sacramentos, expira a 19 de Maio de 1929.
Jaz sepultado no cemitério da Trindade, em São Tomé.
Possuía excelente carácter e era piedoso, amante da sua vocação, colega atento e dedicado, trabalhador incansável e colaborador eficiente no labor missionário.”
Mais um conterrâneo que não hesitou e resolveu dedicar a sua vida ao serviço dos outros,
Que maravilha saber assim de relatos sobre os feitos e marcas deixadas em todo o mundo, por nossos conterrâneos.
Um forte abraço deste Sampedrense convicto
Citrus Sénior
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