Seja bem-vindo(a) ao espaço que pretende ser, simultaneamente, depósito de memória e elemento catalisador de união entre os Sampedrenses.
Ao contrário do que o nome possa fazer transparecer, não se trata de uma associação que exija vinculo por quotas, mas sim, de um grupo de sampedrenses que pretendem, com a sua união, ver nascer uma tradição que querem fomentada e implementada por todos.

Viva SÃO PEDRO DE RIO SECO


19 de março de 2011

DIA DO PAI

Estimados Sampedrenses, amigos leitores e visitantes

Apesar de não ser tema que, habitualmente, conste neste espaço, não resisti em aqui deixar uma pequena homenagem a todos os pais do mundo

Todos os dias são ou deveriam de ser dias de comemorar e honrar os respectivos pais. Todavia instituiu-se que hoje seria o dia de comemorar todos os PAIS do mundo. Dia em que todos nós nos lembramos daquele HOMEM que é a nossa referência de vida e trabalho. Um dia em que, para os filhos, começa a formar-se um nó na garganta na altura de lhe desejar um FELIZ DIA DO PAI e um PAI EU AMO-TE!!!

Torna-se muito mais fácil desejar tudo isso às nossas mães, mas aos nossos pais, parece que nos aparece um qualquer travão.

Na sua maioria, as sociedades foram construídas pelos sistemas familiares patriarcais, no qual os homens eram encarregados pelo sustento da família e a esposa aos cuidados e educação dos filhos e preservação da casa. Hoje em dia com a evolução e adaptação da sociedade ambos são responsáveis.

Para todos aqueles que têm o privilégio e felicidade de pessoalmente agradecerem a própria existência, dando um beijo de parabéns aos vossos pais, não se esqueçam de o fazer que eu, mesmo não tendo o meu presente fisicamente, sei que ele também receberá o beijo que aqui lhe dedico.

FELIZ DIA DOS PAIS

Coloco em seguida uma colaboração que nos foi enviada pelo nosso conterrâneo Jorge Albano que, apesar de não ser o autor das linhas que se seguem, considerou-as dignas de figurarem neste nosso espaço, ideia que corroboro na sua totalidade.

Dia dos paisQuerido filho,

No dia em que este teu velho já não for o mesmo, tem paciência e tenta compreender-me... Quando eu derramar comida sobre a minha camisa e já não souber atar os sapatos, tem paciência e lembra-te das horas que passei a ensinar-te como fazer as mesmas coisas. Se, quando conversares comigo, eu for repetitivo e tu até já souberes como vai terminar..., não me interrompas e escuta-me. Quando eras pequeno, para te adormecer, tive que contar-te milhares de vezes a mesma história até que fechasses os olhinhos. Quando estivermos reunidos e, sem querer, eu fizer minhas necessidades, não fiques com vergonha e compreende que não tenho culpa do sucedido, é sinal que já não me posso controlar. Pensa quantas vezes, quando tu eras menino, te ajudei e estive pacientemente a teu lado à espera que terminasses o que estavas a fazer... Não me reproves por não querer tomar banho e não me chames à atenção. Lembra-te dos momentos em que te persegui e dos mil pretextos que tive de inventar para tornar mais agradável o teu banho. Quando me vires inútil e ignorante na frente de todas as coisas tecnológicas, que já não poderei entender, suplico-te que me dês todo o tempo que for necessário para não me melindrar com o teu sorriso sarcástico. Lembra-te que fui eu que te ensinei muitas coisas!... Comer, vestir e enfrentar a vida como tão bem o fazes, são produto do meu esforço e perseverança. Quando nalgum momento, enquanto conversamos, eu chegar a esqueçer-me do que estávamos a falar, dá-me todo o tempo que for necessário até que eu me lembre; e, se o não conseguir fazê-lo, não fiques impaciente; talvez não fosse importante o que falava e a única coisa que eu queria era estar contigo e que me escutasses nesse momento. Se alguma vez já não quiser comer, não insistas. Sei quando posso e quando devo. Também deverás compreender que, com o tempo, já não tenho dentes para mastigar, nem gosto para sentir. Quando as minhas pernas falharem por estarem cansadas para andar, dá-me a tua mão terna para me apoiar, como eu fiz quando começaste a caminhar com as tuas tenras perninhas. Por último, quando algum dia me ouvires dizer que já não quero viver e só quero morrer, não me repreendas nem te incomodes. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com o meu carinho para contigo, pois sempre te amei. Tenta compreender que já não vivo, apenas sobrevivo, e isto não é viver! Não te sintas triste ou aborrecido por me ver assim. Dá-me o teu coração, compreemde-me e apoia-me como o fiz quando começaste a viver. Da mesma maneira que te acompanhei no teu caminho, peço-te que me acompanhes para terminar o meu.

Dá-me amor e paciência: eu te devolverei gratidão e sorrisos como imenso amor que tenho por ti.

Teu pai

Um forte abraço deste Sampedrense convicto

Citrus Sénior

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