Seja bem-vindo(a) ao espaço que pretende ser, simultaneamente, depósito de memória e elemento catalisador de união entre os Sampedrenses.
Ao contrário do que o nome possa fazer transparecer, não se trata de uma associação que exija vinculo por quotas, mas sim, de um grupo de sampedrenses que pretendem, com a sua união, ver nascer uma tradição que querem fomentada e implementada por todos.

Viva SÃO PEDRO DE RIO SECO


11 de outubro de 2010

Passado Simples – Presente Perfeito (6)

Estimados Sampedrenses, amigos leitores e visitantes

Repondo a verdade;

Aquando da postagem ( Passado Simples – Presente Perfeito (4), que dizia respeito a duas fotos do enxido, gentilmente cedidas pelo Prof. André, levei-os a incorrer num erro de informação. Por algum motivo deduzi que as mesmas diziam respeito ao ano de 2002, quando, efectivamente, reportam a Setembro do corrente ano. Ficam pois aqui as minhas desculpas, após rectificação que me foi enviada pelo nosso conterrâneo Prof. André.

Ainda relacionadas com o tema enxido, ou nos trabalhos que, num passado não muito distante, aí eram levados a efeito, ficam aqui duas fotos que me fazem reavivar e reviver a sensação de dor e perca, não só de meu pai, bem como de outros saudosos familiares e amigos, que fazem parte das respectivas fotos, mas que fisicamente não se encontram entre nós. Creio que a cena se deva reportar a um dia de malha(*), trabalho habitualmente executado nesse local, aquando da referida faina.

Malhas - São Pedro do Rio Seco

Malhas(a) - São Pedro do Rio Seco

(*) Malha: Do verbo malhar ( Debulhar na eira. / Bater com mangual: malhar o trigo.). Parte final do ciclo dos cereais que consistia,depois do cereal seco e ceifado, em separar a semente da palha (debulha). A debulha dos cereais fazia-se por quatro métodos: a pé de gado, a trilho, com malho, mecânica.  A eira consistia num espaço amplo, em tempos mais remotos em que o trabalho era todo físico (humano e animais), era preferencialmente situado em terreno rochoso e plano, para que pudesse haver atrito entre o chão, a palha do cereal e as patas dos animais, o trilho ou o manuseamento do mangual. O espaço deveria de ser amplo e ventoso de preferência para que o vento levasse a palha para longe do grão que era mais pesado, caindo este, por esse motivo, mais perto. O enxido era lugar preferido porque era bastante amplo e ultimamente, em que a debulha era mecânica, concentrava o cereal de todos os agricultores no mesmo sítio, e à vez, e sem ser necessário andar muito com a malhadeira, era feito todo o trabalho.

Um forte abraço deste Sampedrense convicto

Citrus Sénior

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