Estimados Sampedrenses, amigos leitores e visitantes;
Tendo como referência o post anterior, São Pedro do Rio Seco – Lugar a visitar, recebi um cordial e-mail do Sampedrense António Ramos André, que como já nos habituou, e bem, se mantém seguidor atento deste sítio.
Serviu o e-mail para o nosso conterrâneo exprimir a sua opinião, sobre o que escrevi e respeitante ao termo “bole”.
Sendo isso exactamente, o que é pedido aos nossos amigos leitores, e para não cair em erros de transcrição, utilizando o já famoso copy/paste, envio-vos na íntegra o conteúdo do referido e-mail.
“Fui ler o teu passeio pelos quinhentos. Agradável passeio, agradável prosa e bonitas fotografias. Contudo, com espírito construtivo e sem saber se irás concordar comigo, dou a minha opinião:
Bole – 3ª. Pessoa do Presente do Indicativo do verbo bulir. Eu bulo, tu boles, ele bole, …, à semelhança do que acontece com o verbo fugir: Eu fujo, tu foges, ele foge, …
O verbo bulir encontra-se nos dicionários. Por exemplo, no meu velho Dicionário Elementar da Língua Portuguesa, de Augusto Moreno, 5ª. Edição melhorada de 1948, comprado em 31 de Outubro de 1951, a páginas 236, lá vem: “Bulir (l. bullire), i.(verbo intransitivo): mexer-se levemente; agitar-se; palpitar; t. (verbo transitivo): tocar; mover levemente; r. (reflexo): mexer-se.
E ainda: bulir com alguém: inquietá-lo, incomodá-lo.
bulir em alguma coisa: tocar nela.
Por outro lado, este meu dicionário não regista a palavra “bulideira”, aplicada ali para Trás os Montes para caracterizar um barroco semelhante. Também não regista “tremideira” muito usada para significar o acto de tremer muito. Por isso, não me custa aceitar a expressão: “pedra bulideira”, pedra que bole.
Que fique bem claro que isto não é para “bulir contigo”. Pode ser, talvez para “bulir com os leitores”.
Esta é a minha opinião.”
Mais uma vez agradeço e aceito de braços abertos tão construtiva opinião, esperando e desejando que mais leitores tenham similar atitude.
Um forte abraço deste Sampedrense convicto
Citrus Sénior
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