Preparava-me para mais um Domingo retemperador quando um violento “murro no estômago” me foi impiedosamente aplicado, com a triste notícia do adeus do Zé.
Meu querido amigo Jorge, não me leves a mal mas, naquele instante, quase que te odiei pelo facto de teres sido tu o portador de tão triste e malquista notícia. Espero que me perdoes e tu sabes do que falo.
Desde há uns tempos a esta parte que o nosso querido Zé se batia e debatia valentemente contra uma grave enfermidade que o assolava. Infelizmente perdeu agora essa luta.
É bem verdade caro amigo Zé, que, na maior parte das vezes, o baú das recordações só é aberto nestas tristes horas.
Na constante correria que é a nossa vida, por vezes não temos tempo para valorizar aquilo que a mesma nos oferece de mais importante que é a saúde e a amizade.
Zé deixas-nos precocemente, derrotado por esse inimigo silencioso que a todos espreita e que infelizmente a ti escolheu como alvo.
Enquanto pelo meio de nós andaste, podes-te orgulhar de ter sido arquitecto de inúmeras amizades e obreiro de tempos de verdadeiro carinho e paz.
Sempre te conheci como pessoa comedida em atitudes e pensamentos, nunca te tendo observado um segundo de ira ou violência, fosse ele contra pessoas ou animais. A tua família representava para ti o ponto mais alto alcançado por todos aqueles que buscam a excelência nesta vida.
Não te esqueças que a tua ida é para todos nós um mero “até já” e confia que pelo menos nas nossas memórias e corações, estarás para sempre “vivo”, porque na verdade, a todos aqueles a quem queremos bem, esses jamais morrem; deixam somente de estar ao nosso lado.
Vê tu bem, meu querido amigo, o conceito a que te tinha, que somente tu, me farias regozijar com a vitória do teu querido Sporting, facto que realmente aconteceu neste fim de semana.
Perdemos-te aqui na terra mas o céu fica a ganhar com a tua ida.
Um bem-haja deste a quem deste o privilégio de fazer parte do teu grupo de amigos.
Até sempre Zé
TóZé Limão
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