Seja bem-vindo(a) ao espaço que pretende ser, simultaneamente, depósito de memória e elemento catalisador de união entre os Sampedrenses.
Ao contrário do que o nome possa fazer transparecer, não se trata de uma associação que exija vinculo por quotas, mas sim, de um grupo de sampedrenses que pretendem, com a sua união, ver nascer uma tradição que querem fomentada e implementada por todos.

Viva SÃO PEDRO DE RIO SECO


28 de julho de 2011

Esclarecimento aos leitores do “Alto da Raia”

Estimados Sampedrenses, amigos leitores e visitantes

“Esclarecimento aos leitores do “Alto da Raia” - Ano XIV Nº. 48 - Julho 2011”

A pedido do nosso conterrãneo e activo colaborador deste nosso blog, bem como do “Alto da Raia”, segue esclarecimento ao artigo de sua autoria e publicado pelo citado no Alto da Raia nº48.

Esclarecimento aos leitores do “Alto da Raia” - Ano XIV Nº. 48 - Julho 2011-07-18

Ponto 1

Por dificuldades de vária ordem, no jornal “Alto da Raia” acima referido, o artigo “Pegadas de S. Pedro de Rio Seco pelo Mundo”, pág. 10, saiu com algumas omissões na parte “Evocações – 2ª.parte – Apontamento estatístico e algumas conclusões”, que passo a esclarecer:

1º. – Por dificuldades de espaço na página ou de leitura de diferentes programas de computador, o quadro que apresento não aparece. Só com ele se compreenderá o texto que remete para ele.

Idade

1810

1811

1812

1813

1814

1815

1816

1817

1918

1919

1820

Até 1840

Até 1840

Até 1850

Até 1860

TOTAL

< = 1

 

 

1

 

3

1

 

 

5

5

5

28

8

 

2

58

<=10

 

1

 

 

 

 

 

 

 

1

20

5

12

5

1

45

<=20

1

 

3

1

 

 

 

 

 

 

0

1

7

5

1

19

<=30

 

3

 

 

2

 

1

 

 

 

3

2

0

3

2

16

<=40

4

3

3

1

 

 

 

 

 

 

2

5

4

3

1

26

<=50

6

3

6

 

 

 

 

 

 

 

6

2

5

2

4

34

<=60

3

1

3

 

 

 

 

 

 

 

2

2

11

5

16

43

<=70

3

4

6

 

 

 

 

 

 

 

 

2

6

5

10

36

<=80

2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3

11

11

13

40

<=90

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8

3

3

14

<100

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1

 

1

02

Desc

2

3

 

 

 

 

 

 

 

 

1

1

1

1

1

07

TOT.

21

18

22

2

5

1

1

5

6

39

51

74

43

55

316

clip_image0022º. – No ponto 2 desta mesma 2ª parte de Evocações, aparecem três datas que, por falha minha, saíram incorrectas. Onde se lê: Nos anos de 1910 a 1915, não houve registos de óbitos em S. Pedro. O Livro de Óbitos foi aberto em Abril de 1916 (gravura ao lado)” deve ler-se: “Nos anos de 1810 a 1815, não houve registos de óbitos em S. Pedro. O Livro de Óbitos foi aberto em Abril de 1816 (gravura ao lado)”.

A gravura a que se refere o texto, também, não aparece. Ela possibilitaria a leitura da data correcta: “Abril de 1816”.

Ponto 2

clip_image004Por feliz coincidência, nas páginas 10 e 11 do mesmo número do jornal, aparecem dois artigos que abordam o mesmo tema: “enterramentos na Igreja e no Cemitério.”

Da sua leitura depreende-se haver contradição entre os dois artigos. No artigo da página 10, aponta-se como data do último enterramento na Igreja a data de 11/02/1837 e como data de primeiro enterramento no Cemitério da freguesia 18/08/1837

Passo a transcrever em ortografia actualizada o assento do primeiro enterramento no “Cemitério desta freguesia”:

“ No dia dezoito do mês de Agosto do ano de mil oitocentos e trinta e sete faleceu da vida presente Josefa solteira natural desta freguesia, filha legítima de José Rodrigues, e de Umbelina Cunha de idade de sete anos incompletos, morreu de uma maligna, está sepultada no Cemitério desta freguesia, de que lavrei este termo dia, mês, hora ut supra.”

O Abade Patrício José d’Macedo

Como se vê, este termo que acabei de transcrever refere: “Cemitério desta freguesia” e o termo transcrito pelo Dr. José Ramos refere: “Cemitério público”como muito bem sublinhou. Referir-se-ão estas duas expressões ao Cemitério actual? Penso que não.

Como é do conhecimento geral, quando os funerais deixaram de se realizar nas Igrejas passaram a fazer-se em terreno escolhido nos arredores da Igreja. Também, em S. Pedro é voz corrente que, quando o padre José Raimundo mandou construir os palheiros que ainda hoje pertencem aos seus herdeiros, foram encontradas bastantes ossadas humanas. É, portanto, provável que o primeiro Cemitério ficasse localizado nos terrenos próximos da Igreja e que eram propriedade da Igreja.

No dia dezassete de Setembro de 1838, o Encarregado José Gonçalves Limão e Fonseca fez o seu primeiro funeral em S. Pedro e nele escreve: “No cemitério desta freguesia foi sepultado António João casado que foi com Maria Monteira, de idade de cinquenta e oito anos de diarreia …” E assim continuou a escrever em todos os funerais até, pelo menos, 26/09/1859, data do penúltimo termo a que tive acesso, em que escreveu: “No Cemitério desta parochial Igreja de …”, embora no dia 10 de Dezembro de 1859, último termo registado no “Livro de Óbitos e Casamentos” a que me venho referindo, tenha voltado a escrever: “… no Cemitério desta freguesia”.

No dia 23 de Maio de 1840, o padre José Gonçalves já não assinou como “Encarregado”. Passou a assinar como “O Parocho”. Em 25/04/1846 passou a assinar como Abade”.

Esclarecimentos feitos, aproveito para chamar a atenção dos estimados leitores, para o facto de terem à disposição outro método de leitura do “Alto da Raia”. Espero que seja do vosso agrado.

Um forte abraço deste Sampedrense convicto

 Citrus Sénior

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