Eis que é findo mais um período, se bem que curto, de férias, descanso, lazer, reencontros de familiares e amigos e pouco mais do que isso. Quando faço esta afirmação, não quero com isso dizer que não se trata de coisas importantes, refiro-me sim ao conceito, ou perca dele, do evento que nos proporcionou isso tudo.
Páscoa! Onde pára o seu verdadeiro sentido? A Páscoa está gradativamente a perder o seu significado?
Tal como o Natal, esse sentido está-se a perder a cada dia: é o coelho ao invés do cordeiro, é o ovo no lugar da cruz, é festa em lugar de reflexão, é farra em lugar de arrependimento. Em suma, é o pagão e o profano no lugar do cristão. Evidentemente que não poderemos dela desassociar costumes antigos, tal como a entrega das amêndoas, principalmente aos afilhados, mas essa mesma oferta tem o seu significado cristão, que também ele se foi perdendo.
A Páscoa cristã não pode ser entendida distante da Páscoa judaica (que nos remete ao tempo de Moisés, com a libertação do povo israelita do Egipto, para a terra prometida de Canaã), não pode menosprezá-la nem desprezá-la, muito menos violentá-la com esse estupro intelectual de permitir que um coelho nos traga ovos (ele que até não os põe), em substituição de um cordeiro indo à cruz.
Sem entrar em detalhes históricos da festa pagã dos ovos coloridos, da Europa medieval, a permissão, ou ainda, a omissão dos cristãos em defender o verdadeiro sentido da Páscoa é menosprezar e diminuir o valor do sacrifício do Cordeiro de Deus em nosso favor.
É natural e acredito que muitos discordarão de mim, vão-me rotular de radical e coisa e tal, mas, mesmo correndo esse risco, ouso dizer que a Páscoa nada tem de coelho, ainda mais, muito desconfio de um que põe ovos!
Após este preâmbulo - sim eu tenho consciência que por vezes me alongo demasiado e passo a ser chatinho - também eu tive oportunidade de me associar aos conterrâneos de São Pedro, tanto aos que lá são residentes, como aos que, como eu, aí se deslocaram para comemorar a Páscoa, naturalmente que cada um à sua maneira.
Para não fugir à regra, isto já começa a ser um lugar comum, aqui ficam os meus mais sinceros parabéns aos nossos autarcas da freguesia, pelo bom uso que fazem do Multi-usos (Centro Cultural) e, paralelamente, a todos os artistas que contribuíram, com as suas obras, para mais uma vez provar, não só aos seus conterrâneos, bem como a todos quantos tiveram o privilégio de se deslocarem a São Pedro e serem brindados com tão bela exposição, que os Sampedrenses são gente de cultura e arte.
Sem mais delongas, quero aqui deixar testemunho dessa exposição com o seguinte filme, (tive que o dividir em 9 partes, devido ao seu tamanha “king size”) dado que, não quero que percam pitada do evento.
As filmagens foram “captadas” pelo meu filho Alexandre.
Citrus Sénior
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